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- Gestores: artesãos de desafios (A4)

Ao assumirmos o compromisso de mensalmente produzir algumas linhas contendo aspectos importantes para reflexão dos gestores, procuramos direcionar nos artigos anteriores nossa atenção para alguns fenômenos (conflito, autoridade, liderança e poder) com os quais esses profissionais convivem em sua jornada diária.

O presente artigo enfoca o gestor no desempenho de um de seus papéis fundamentais qual seja o de facilitador de aprendizagem organizacional, tendo em vista que, como líder formal da organização, lhe compete vencer dificuldades e superar desafios, conquistando resultados positivos mediante a otimização dos recursos a sua disposição.

APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL

Para efeito de nivelamento conceitual, entende-se ORGANIZAÇÃO como arranjo sistemático de duas ou mais pessoas que produzem bens ou prestam serviços, com uma nítida divisão de trabalho entre elas, para alcançar objetivo comum e atender às necessidades específicas de sua clientela.

Na verdade, as organizações surgiram em função das limitações individuais das pessoas. Juntando esforços, as pessoas conseguem superar seus limites próprios e atingir resultados que sozinhas jamais poderiam ser alcançados. Assim, o fundamento das organizações é a colaboração das pessoas envolvidas no sentido de alcançar objetivo(s) comum(ns). O resultado desse esforço coletivo não é uma soma, porém a multiplicação de esforços individuais, que culmina com o compromisso pessoal e com a responsabilidade solidária por meio da sinergia (sin + erg = esforço conjunto ou trabalho em equipe).

Dentro dessa abordagem, a gestão das pessoas hoje se pratica em toda a organização, cabendo às unidades de recursos humanos atuar como órgãos de consultoria interna, criando todas as condições exigidas para um efetivo aproveitamento dos talentos internos por meio dos gestores.

Confrontados com exigências cada vez maiores nos mais diversos níveis, a modernização dos gestores passa pela criação de ambientes internos que permitam a aprendizagem contínua de sua equipe de colaboradores, ou seja, deve valorizar a capacidade de aprender das pessoas. Nunca é demais reforçar que APRENDIZAGEM é um processo de transformação e mudança, em que “todos os atores devem estar comprometidos com a mudança do mundo”.

PAPEL ESTRATÉGICO

Entre os diversos papéis que devem ser desempenhados pelos gestores em sua prática diária, ressalta-se o de Facilitadores de Aprendizagem como o de maior importância, tendo em vista sua natureza estratégica, na medida em que preparam seus colaboradores diretos para superar os momentos de turbulência enfrentados pela Organização.

Como Facilitador de Aprendizagem deve ser um estimulador da arte de pensar, um provocador da inteligência, a fim de que sua equipe produza grandes idéias, criações surpreendentes e pensamentos inusitados. Equivale dizer que os gestores devem estimular os colaboradores a que abram as janelas da mente, tenham ousadia para pensar diferente, questionar, debater e quebrar paradigmas, criando estresse positivo. Segundo Piaget, novos estímulos estabelecem uma relação com a estrutura cognitiva prévia, gerando novas experiências que, conseqüentemente, propiciarão crescimento intelectual e desenvolvimento organizacional.

Essa prática de gestão moderna, que orienta o colaborador a lidar com dificuldades, conflitos, contradições e desafios, deve estar fundamentada em valores internalizados e assumidos no dia-a-dia, como: humildade, respeito, saber escutar, interdependência, assertividade, comprometimento, inovação e desenvolvimento de novos líderes (preparação de sucessores).

INSTRUMENTOS PODEROSOS

Independentemente dos mecanismos institucionais existentes, como planejamento estratégico, treinamento etc., os gestores têm a sua disposição alguns instrumentos poderosos de que podem valer-se para exercitar sua autoridade, desenvolver sua habilidade de liderança e fortalecer as relações de poder com os integrantes de sua equipe, a saber:

1. planejamentos tático e operacional - na medida em que a Organização define em seu Planejamento Estratégico todas as âncoras filosóficas (missão, visão e valores) e, também, suas âncoras de resultado (objetivos, ações estratégicas e análises ambientais), cabe aos gestores, contando com a participação ativa de toda sua equipe, realizar idêntico trabalho no âmbito da unidade que se encontra sob sua responsabilidade. Como desdobramento desse processo, tem-se o planejamento operacional, com o conseqüente detalhamento dos projetos mais importantes, os quais servirão de instrumentos de melhoria dos serviços prestados ou das relações estabelecidas pelos profissionais do componente organizacional;

2. reunião de trabalho - principalmente a do tipo deliberativa, que, além de criar a oportunidade de exercitar a liderança, a partir do rodízio do coordenador da reunião, serve não só para fortalecer a equipe de trabalho, na medida em que refina o processo de comunicação de seus integrantes (saber escutar, assertividade etc.), mas também para desenvolver algumas habilidades, como: planejar, gerir o tempo, negociar e outras;

3. avaliação de desempenho - por meio de processo transparente e autêntico, os gestores devem deixar claro o que a Organização espera de cada colaborador no exercício de suas atribuições básicas, bem como devem exigir reciprocidade, ou seja, o que cada profissional espera da Organização, representada formalmente pelos gestores;

4. exercício do feedback - mediante acompanhamento constante por parte de todos os integrantes da equipe, inclusive dos gestores, trata-se de uma ferramenta de transparência das ações profissionais, sempre buscando o autodesenvolvimento.

Assim, como desenvolvedores de pessoas e construtores de relacionamentos duradouros, os gestores devem abrir mão de seu poder legal (do nível hierárquico) e agir potencializando sua influência pessoal (liderança), procurando criar sempre novas rupturas construtivas, pois só dessa forma estarão contribuindo para que a Organização atinja novos estágios de desenvolvimento.

No próximo artigo iremos tratar da habilidade transformadora deste milênio: assertividade.

ALBERTO LOPES DA ROCHA
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